01/07/2011

Os Primeiros Tijolos

Fiz um desenho detalhado da forma para o adobe. Levei numa madeireira, mandei cortar umas tabuas. Depois comprei uns parafusos e em casa passei uma tarde inteira montando os moldes. Fiquei super orgulhosa de vê-los terminados, nem minha mãe acreditou que eu mesma os havia feito...
No primeiro fim de semana que a oportunidade apareceu, o Gonzalo e eu juntamos a terra, filtramos, juntamos água e começamos a pisar no barro. Digamos que essa primeira tentativa foi um pouco desastrosa. O primeiro tijolo não queria sair da forma de jeito nenhum. Toda aquela lama estava grudada, que não teve outro jeito, senão desmanchar tudo e começar outra vez. O nosso erro foi ter esquecido de molhar a forma.  O segundo tijolo saiu, mas foi preciso dar uma "empurrada" e acabou ficando meio deformado.... fizemos uns 4, passaram uns três dias e fui vira-los. Estavam grudados no piso. Forcei, consegui virar um, dois, três, mas o quarto tijolo não saia do chão de jeito nenhum!!! Então, peguei uma enxada, já não me importando mais se ia quebrar ou não e tchá... bati com a enxada por baixo e levantei... O adobe não quebrou! Depois de uns 15 dias, já secos, guardamos os tijolinhos num galpão que temos aqui. Chegamos a conclusão de que precisamos de 3 balde de terra (não filtrada) para fazer um tijolo


A segunda tentativa foi um pouco melhor, mas não perfeita. Desta vez tratamos de nos organizar. Primeiro escolhemos um lugar, fizemos uma pequena vala e ali dentro peneiramos a terra. Juntamos um grande volume antes de preparar a massa. 
Tivemos duas grandes vantagens: a terra, que deve ser tirada de uns 40cm debaixo do solo já esta separada. Abriram uma passagem atras da pousada e juntaram um montão dessa terra boa pra gente. O capim também já esta cortado e em grande quantidade. O agricultor que planta aqui, cortou o mato de um terreno que vai plantar e a gente só tem que ir lá buscar. Então, eu trazia os baldes de terra, o Gonzalo peneirava. Depois eu pisava, e jogava nos moldes, ele ficava com a parte de puxar a forma (porque precisava de muita força, já que a terra continuava grudando...)


Já na terceira vez, trabalhamos com um pouco mais de rapidez, a Larissinha também nos ajudou, mas infelizmente, depois do almoço comecou a chover e tivemos que parar. Cobrimos todos os adobe que ainda estavam secando com o capim. 


Consultei o Marcelo Bueno (o arquiteto do Ipema) mais uma vez, sobre o tal grude do barro. Ele me explicou que a madeira tem que ser bem lisinha e estar bem molhada. Então vamos preparar uma forma melhor para a próxima semana, e estamos considerando a possibilidade de trabalhar com uma betoneira. 
Fiz um calculo e vamos precisar de uns 2500 tijolos... até agora, só fizemos 30 - hahahahaha- e trabalhando  aos finais de semana, acho que vamos demorar muitos anos para alcançar esse numero... o ideal era mesmo formar um mutirão.
Algum voluntario?

FRUTA MADURA

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